Coleções zoológicas
Museu de História Natural Capão da Imbuia
(MHNCI)
A coleção entomológica do Museu de História Natural Capão da Imbuia foi iniciada pelo renomado pesquisador Pe. Jesus Santiago Moure, na década de 1930. Nas décadas de 1950 e 1960, a coleção entomológica foi trabalhada por pesquisadores de renome, como o Prof. Rudolf Bruno Lange. Muitas coletas de exemplares foram realizadas principalmente no Estado do Paraná, com a participação de entomólogos renomados, como é o caso do especialista em abelhas Dr. Charles Michener.
Ao longo de sua existência, a coleção sofreu inúmeras mudanças tanto de ordem política como estrutural. O Museu Paranaense sofreu grandes dificuldades financeiras, especialmente na década de 1960, quando vários profissionais se transferiram para as universidades. Em 1976, foi integrado ao Instituto Agronômico do Paraná, da Secretaria de Estado da Agricultura. Na década de 80, com o acervo do Museu então já sob a responsabilidade da Prefeitura Municipal de Curitiba, foi concedido novo incremento à coleção entomológica, quando foram executados projetos de levantamentos faunísticos. Naquela oportunidade, foram coligidos espécimes no Parque Estadual de Vila Velha, Ponta Grossa, PR; Parque Florestal de Caxambu, Castro, PR, e Reserva Florestal de Guaricana, São José dos Pinhais, PR. Uma parte desse material está montada em alfinetes entomológicos e a grande maioria está acondicionada em mantas dentro de caixas de papelão.
Vários pesquisadores, das mais diversas instituições, já fizeram uso desse material, em seus trabalhos de pesquisa. Mais recentemente, empreendeu-se esforço na formação de uma coleção de referência das espécies de Lepidoptera que se criam na arborização pública, parques e bosques do município de Curitiba, bem como também de outra coleção de referência, destinada principalmente aos meliponicultores, abrigando exemplares das principais espécies de abelhas indígenas sem ferrão (Apidae, Meliponina) comumente mantidas em ninhos artificiais por esses criadores.
Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna, Rua Professor Benedito Conceição, 407, Esquina com Rua Nivaldo Braga, Capão da Imbuia, CEP 82810-080, Curitiba, PR, Brasil.
Curador geral
Coleção de Invertebrados
A coleção de invertebrados do MHNCI apresenta exemplares coletados a partir da década de 40, sendo que os lotes mais antigos datam de 1890 (moluscos provenientes dos Estados Unidos). Esta coleção apresenta mais de 12 mil lotes, incluindo Arachnida, Miriapoda, Crustacea e Mollusca. A maior parte dos exemplares encontra-se conservada em álcool, mas existe também uma grande parcela em via seca.
Nos últimos anos a Coleção foi ampliada graças ao depósito de material relativo aos trabalhos de Pós-graduação da UFPR, bem como dos crustáceos que estavam sob a custódia do CEM. A coleção apresenta um caráter eminentemente regional, mas conta com exemplares colecionados em 15 estados brasileiros. A coleção abriga exemplares-tipo de opiliões, escorpiões, aranhas e também crustáceos. Esta coleção tem sido amplamente utilizada por pesquisadores vinculados a instituições nacionais e internacionais em trabalhos de caráter sistemático/taxonômico.
Responsável técnico:
Coleção Entomológica
A coleção entomológica do Museu de História Natural Capão da Imbuia foi iniciada pelo renomado pesquisador Pe. Jesus Santiago Moure, na década de 1930. Nas décadas de 1950 e 1960, a coleção entomológica foi trabalhada por pesquisadores de renome, como o Prof. Rudolf Bruno Lange. Muitas coletas de exemplares foram realizadas principalmente no Estado do Paraná, com a participação de entomólogos renomados, como é o caso do especialista em abelhas Dr. Charles Michener. Ao longo de sua existência, a coleção sofreu inúmeras mudanças tanto de ordem política como estrutural
O Museu Paranaense sofreu grandes dificuldades financeiras, especialmente na década de 1960, quando vários profissionais se transferiram para as universidades. Em 1976, foi integrado ao Instituto Agronômico do Paraná, da Secretaria de Estado da Agricultura. Na década de 80, com o acervo do Museu então já sob a responsabilidade da Prefeitura Municipal de Curitiba, foi concedido novo incremento à coleção entomológica, quando foram executados projetos de levantamentos faunísticos. Naquela oportunidade, foram coligidos espécimes no Parque Estadual de Vila Velha, Ponta Grossa, PR; Parque Florestal de Caxambu, Castro, PR, e Reserva Florestal de Guaricana, São José dos Pinhais, PR. Uma parte desse material está montada em alfinetes entomológicos e a grande maioria está acondicionada em mantas dentro de caixas de papelão. Vários pesquisadores, das mais diversas instituições, já fizeram uso desse material, em seus trabalhos de pesquisa.
Mais recentemente, empreendeu-se esforço na formação de uma coleção de referência das espécies de Lepidoptera que se criam na arborização pública, parques e bosques do município de Curitiba, bem como também de outra coleção de referência, destinada principalmente aos meliponicultores, abrigando exemplares das principais espécies de abelhas indígenas sem ferrão (Apidae, Meliponina) comumente mantidas em ninhos artificiais por esses criadores.
Responsável técnico:
Coleção Ictiológica
O acervo ictiológico depositado hoje no MHNCI surgiu em 1935, com o lançamento do plano de reorganização do antigo Museu Paranaense, este inaugurado em 1876, o terceiro do gênero no País. Em 1963, o acervo foi transferido para a sede no bairro Capão da Imbuia em Curitiba, onde permanece até hoje. O MHNCI é atualmente uma divisão do Departamento de Zoológico da Secretaria Municipal do Meio Ambiente da Prefeitura de Curitiba, que além da realizar pesquisas científicas e atividades de educação ambiental, mantém um banco de dados zoológico que se constitui no melhor documento de história natural do Paraná.
Essa coleção conta com mais de 11 mil lotes de peixes conservados em álcool, perfazendo cerca de 30 mil exemplares. Estão informatizados cerca de 5.000 lotes (48%) em banco de dados do Access. Destina-se à pesquisa científica e está credenciada como Instituição Pública Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento como fiel depositária de amostra de componente do patrimônio genético (D.O.U. de 8/03/2005).
A coleção de peixes do MHNCI é caracteriza como de importância regional, pois apresenta informações sobre a ictiofauna marinha do litoral do Paraná e Santa Catarina, e de água-doce dos principais rios do estado do Paraná, além dos riachos litorâneos da Floresta Atlântica do litoral paranaense e catarinense. Essa coleção tem sido utilizada por eminentes pesquisadores brasileiros e estrangeiros, tanto para estudos de biodiversidade e revisões taxonômicas, como para depósito de material zoológico proveniente de atividades científicas devidamente autorizadas. Na área de ensino a coleção serve de treinamento para estagiários de todas as instituições públicas e privadas do Paraná, além de dar suporte a dissertações e teses de estudantes de importantes cursos de pós-graduação nacional. Além disso, entre os beneficiários destacam-se ainda os vários agentes envolvidos na administração de Unidades de Conservação e no estudo do status das espécies brasileiras de peixes ameaçados de extinção.
Responsável técnico:
Coleção Herpetológica
A coleção herpetológica do Museu de História Natural Capão da Imbuia (MHNCI) pode ser considerada uma coleção jovem. A despeito de mais de um século de história da instituição, o acervo de répteis e anfíbios não representava mais do que um incipiente depositório de material até o início da década de 1980. Foi somente a partir de 1983 que ocorreu o desenvolvimento do acervo de répteis e anfíbios, concomitantemente ao início de atividades de pesquisa com esses grupos, desenvolvidas à época por estagiários sem vínculo empregatício.
Tendo apresentado um caráter eminentemente regional na primeira metade de sua existência, essa coleção passou, nas duas últimas décadas, a abrigar em seu acervo um material muito representativo de todos os biomas brasileiros, com ênfase na Amazônia, estando isso relacionado ao reconhecimento do MHNCI como Instituição Pública Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento e Fiel Depositária de Amostras de Componentes do Patrimônio Genético – DOU de 08/03/2005 perante o Ministério do Meio Ambiente/IBAMA. Esta coleção conta atualmente com cerca de 18 mil répteis e quase 12 mil anfíbios. A maior parte dos exemplares encontra-se conservada em álcool, mas existe também uma pequena parcela de exemplares conservados em via seca. Completam o acervo coleções especiais: hemipênis de Squamata, crânios preparados a seco e diafanizados e conteúdos estomacais de exemplares dissecados.
A coleção herpetológica do MHNCI tem por finalidade subsidiar pesquisas científicas, mantendo um banco de dados imprescindível no âmbito de conservação da biodiversidade e de recursos genéticos. Sem dúvida constitui a melhor amostragem existente de anfíbios e répteis coletados em solo paranaense. Seu acervo foi e tem sido utilizado em muitos trabalhos científicos, não somente de cunho sistemático/taxonômico, mas também no estudo da ecologia e conservação de anfíbios e répteis sul-americanos. Também tem servido de base para a identificação de animais causadores de acidentes no estado, apoiando o Serviço de Notificação de Animais Peçonhentos (SINAP) desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde (SESA-PR). Além disso, o oferecimento contínuo de estágio voluntário tem sido oportunizado a vários alunos de graduação das áreas de biologia e medicina veterinária, vinculados às diversas instituições de ensino superior do Estado. Palestras e cursos de extensão também têm sido oferecidos com frequência.
Responsável técnico:
Coleção Ornitológica
No final da década de 30, o então Museu Paranaense deu início à formação de uma coleção científica de aves, que teve enorme contribuição do naturalista e taxidermista alemão Andreas Mayer (1907-1986). Sua contribuição ao Museu estende-se tanto em relação às coleções científicas como também à coleção expositiva, que possui 260 peças taxidermizadas em postura natural, com muitas espécies atualmente ameaçadas no Paraná. A coleção ornitológica era composta inicialmente apenas por peles e ossos conservados em via seca através de taxidermia. A partir de 1989, todas as carcaças e vísceras dos animais taxidermizados também começaram a ser conservadas em meio líquido.
Atualmente estão tombadas aproximadamente 6.700 peles em via seca e 4.900 exemplares conservados em meio líquido. Destaca-se a representatividade das famílias Picidae, Tyrannidae e Formicariidae. Também integram este acervo coleções de ovos, ninhos e material osteológico. A coleção ornitológica é um acervo eminentemente regional, constituindo a maior coleção de aves dom Paraná. É importantíssima para estudos taxonômicos, sistemáticos e biogeográficos. Como as vísceras dos exemplares também são preservadas, a coleção também subsidia estudos relativos a aspectos reprodutivos e dieta, principalmente.
A coleção é cadastrada junto ao IBAMA e credenciada como fiel depositário de amostras de componentes do patrimônio genético no Ministério de Meio Ambiente (D.O.U. de 8 de março de 2005). Essa coleção é utilizada pela comunidade científica, sendo frequentemente consultada por pesquisadores do Paraná e de outros estados brasileiros. Além disso, tem sido constantemente utilizada no trabalho de orientação e treinamento de estagiários dos cursos da área biológica. Esse trabalho tem originado inúmeras publicações científicas, incluindo trabalhos em periódicos, dissertações, teses, congressos, bem como a elaboração de relatórios técnicos.
Responsável técnico:
Coleção Mastozoológica
O interesse oficial para com o patrimônio natural do Estado do Paraná, sob a forma de coleções iniciou-se em 1935, com o Plano de Reorganização do Museu Paranaense, fundado em 1876. A partir de 1939 o caráter científico adquirido pelas coleções zoológicas, mastozoológica e ornitológica em especial, deveu-se, em grande parte, ao naturalista e taxidermista alemão Andreas Mayer, que realizou a primeira expedição zoológica do museu. André Mayer percorreu quase todas as regiões do Estado, contribuindo com grande parte do atual acervo depositado no Museu de História Natural. Sua contribuição estende-se até 1960, tanto em relação às coleções científicas, como também à coleção expositiva. Esta possui cerca de 260 peças taxidermizadas em postura natural, com muitas espécies de mamíferos atualmente ameaçadas no Estado do Paraná.
Somente a partir de 1980 a coleção mastozoológica voltou a crescer, através de projetos de pesquisa desenvolvidos por pesquisadores associados ao museu, aumentando consideravelmente o acervo destes grupos. A coleção mastozoológica é composta de esqueletos completos ou parciais, crânios, exemplares conservados por via seca através de taxidermia e exemplares completos em meio líquido. A partir de 1989, todas as carcaças e vísceras dos animais taxidermizados também começaram a ser conservadas em meio líquido. Atualmente a coleção é formada por aproximadamente 7 mil exemplares, estando cerca de 5 mil espécimes tombados e cerca de 2 mil pré-tombados (em fase de identificação) para tombamento definitivo.
Na coleção de mamíferos estão representadas todas as ordens que ocorrem no Paraná, destacando-se Rodentia (45%) e Chiroptera (33%). A coleção mastozoológica é prioritariamente regional, sendo a maior e a mais representativa coleção de mamíferos do Estado. Além de estudos de caráter taxonômico/sistemático, subsidia através das carcaças preservadas estudos relativos a aspectos reprodutivos e alimentares. A coleção tem por finalidade subsidiar pesquisas científicas, mantendo um banco de dados imprescindível no âmbito de conservação da biodiversidade e de recursos genéticos. É cadastrada junto ao IBAMA e credenciada como fiel depositário de amostras de componentes do patrimônio genético no Ministério de Meio Ambiente, Departamento do Patrimônio Genético (D.O.U. de 8 de março de 2005). Sua utilização deu origem a muitas publicações, incluindo trabalhos em periódicos, dissertações, teses, resumos de congressos e encontros científicos, como também relatórios técnicos. Além disso, a coleção tem sido constantemente utilizada no trabalho de orientação e treinamento de estagiários dos cursos da área biológica, pertencentes às instituições de ensino superior de Curitiba, assim como de outras cidades do Paraná.
Responsável técnico:
Universidade Federal do Paraná
Centro Politécnico, Setor de Ciências Biológicas
Av. Cel. Francisco Heráclito dos Santos, 210, Jardim das Américas Caixa Postal 19020, CEP 81531-970, Curitiba, Paraná, Brasil.
Telefone: (41) 3361-1764
E-mail: redetaxonline@gmail.com
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